Jovens fazem uso abusivo dos fones de ouvido

29/10/2011 18:05

 

28/05/2009 | Autor: Tiago Carvalho

 

Jovens estão tendo problemas auditivos mais cedo.

Os problemas auditivos deixaram de ser um caso apenas para os idosos. Com o avanço da tecnologia e com o surgimento dos aparelhos portáteis de música digital (mp3, mp4, ipod e celulares), os jovens estão entrando no grupo de risco de perda auditiva com o uso abusivo de fones de ouvido e o excesso do volume alto. Muitos deles ficam escutando música alta por longos períodos, o que pode acarretar futuros problemas no aparelho auditivo.

Os jovens de hoje vem abusando do uso dos aparelhos portáteis de música nas ruas e em suas casas. Passando várias horas com o fone de ouvido num volume muito alto e ele nem imagine que futuramente ele terá problemas na audição e perdendo o sentido de ouvir ao poucos.
Muitos quando entram no ônibus tendem a aumentar o volume, já não bastando o barulho da rua e do ônibus. O adolescente aumenta o volume e as pessoas do seu lado conseguem escutar o que ele estar ouvindo.

Com esse fato, os ouvidos começam a ter lesões gravíssimas e começará a ter uma surdez precoce, uma surdez que chega a ser de um idoso. Tendo uma boa perda da audição, o jovem terá que usar próteses auditivas (aparelhos auditivos)
Um sintoma de que algo não vai bem com seus ouvidos além de zumbidos, é a dificuldade de se entender o que as pessoas falam, ou não ficar satisfeito com o volume de uma música mesmo já estando em um volume alto. As freqüências que captam os sons agudos (de 3 a 6 KHz) são mais frágeis. Por isso, em geral, a perda de audição afeta primeira a percepção dos agudos.

Níveis permitidos de exposição ao ruído:
ü 90dB NA por 8 horas
ü 95dB NA por 4 horas
ü 100dB NA por 2 horas
ü 105dB NA por 1 hora
ü 110dB NA por 30 minutos
ü 115dB NA por 15 minutos

Cada vez que se aumenta em cinco decibéis (dB) em nível de audição (NA) a intensidade sonora, o tempo saudável deste contato com o som cai pela metade. Vale ressaltar que a exposição aos sons de grande intensidade acima do tempo sugerido aumenta consideravelmente a chance de desenvolver perda auditiva e/ou zumbido.

Teste sua audição:
• Você costuma pedir para os outros que eles repitam o que falaram;
• Possui amigos que falam que você não escuta bem;
• Geralmente deixa aparelhos eletrônicos (radio, televisor, som) em volume mais elevado que as outras pessoas;
• Tem dificuldades em entender diálogos com ruídos no ambiente em que se encontra;
• Fica com dificuldades em acompanhar conversas em grupo;
• Tem dificuldade em saber de onde os sons estão vindo.

Se você estiver com mais de três sintomas desses listados acima, você está com uma diminuição auditiva. Deve procurar um Otorrinolaringologista para que ele faça os procedimentos para a detectarem de possíveis lesões auditivas. Quanto mais cedo o diagnostico menor serão as chances de uma surdez

1.     Uso abusivo de fones de ouvido pode causar perda de audição e zumbido

 

Publicado por Marcos Vinhal Campos em 18 de julho, 2011

“Volume e tempo de exposição determinam risco da utilização destes aparelhos. Com moderação não há danos para os ouvidos.

Ouvir música é um hábito que causa prazer para a maioria das pessoas. A música relaxa, diverte e distrai em meio a tantas situações estressantes do dia a dia e por isso muitas pessoas usam – e abusam – dos aparelhos portáteis com fones de ouvido. “Não existe hora nem lugar. Na rua, no ônibus, nos parques, na academia, no trabalho, onde tiver uma brecha o fone de ouvido está presente. O que preocupa são os riscos que ele representa a saúde”, destaca a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães.

A perda auditiva, zumbido e a dificuldade de compreender o que está sendo falado em uma conversa são as consequências mais perigosas do uso excessivo dos fones de ouvido.

O volume do som e o tempo de utilização são os principais fatores que estão relacionados aos problemas auditivos. “A longo prazo, o hábito causa danos irreversíveis aos ouvidos. Além disso, os fones criam uma espécie de isolamento acústico, que não permite o usuário ouvir os sons a sua volta, aumentando os riscos de acidentes devido a falta de atenção.”

Independente do modelo, seja o de inserção – que são colocados dentro da orelha – ou o de concha, o abuso na utilização dos fones prejudica a audição de forma lenta e progressiva. “O indivíduo vai perdendo a capacidade de ouvir aos poucos, sem perceber, o que dificulta o diagnóstico. Como os sintomas diretamente ligados a audição surgem apenas quando o problema já está avançado, o tratamento não consegue reverter os danos. Dores de cabeça, insônia e até aumento da pressão podem sinalizar que o corpo está em uma situação de estresse causada pelo excesso de ruído.”

A médica  esclarece que os riscos de perda auditiva são diferentes para cada pessoa. “Alguns indivíduos possuem ouvidos mais resistentes e conseguem ouvir música por longos períodos sem prejudicar a audição. Enquanto outros são mais sensíveis e mesmo seguindo as orientações de uso correto dos fones de ouvido podem sofrer danos. Como não há como saber quais pessoas são mais sensíveis ou mais fortes, a recomendação é usar o fone com moderação.”

Para ouvir música com fones de ouvido sem causar danos à audição o recomendado é jamais colocar no volume máximo e ficar poucas horas com o fone de ouvido.

“É fundamental ter bom senso. O ideal é ir até no máximo 60% da capacidade de volume do aparelho por no máximo 1 hora de tempo de exposição, seguido de um período de repouso acústico, não utilizar os fones em locais barulhentos, como ônibus ou ruas movimentadas. Nesses ambientes a tendência é aumentar o volume para que o som possa competir com o barulho externo. Outra recomendação é não utilizar o fone apenas de um lado, pois pode causar perda assimétrica da audição”, alerta.

A especialista enfatiza que o volume dos fones de inserção é mais alto do que os de concha, pois eles ficam mais próximos do canal do ouvido.

Testes simples podem ajudar a controlar corretamente o volume dos aparelhos. Se o som estiver muito alto, o indivíduo não consegue conversar com as pessoas que estão presentes no mesmo ambiente. “Outra dica é desligar o aparelho quando estiver na rua, no volume usado costumeiramente, e ao chegar em casa, ambiente considerado mais silencioso, o usuário deve ligá-lo novamente. Se o volume for incômodo aos ouvidos é sinal que o som estava alto demais. Ao perceber qualquer alteração auditiva deve-se procurar um especialista imediatamente”, acrescenta.”
               

Fonte

Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) – Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR e responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

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