Uncisal funciona no limite e pode fechar cursos em janeiro

01/12/2011 21:40

 

Thiago Gomes

Cerca de 300 pessoas – entre estudantes, professores e o corpo técnico da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) – protestam, na manhã desta terça-feira (29), em frente ao prédio da instituição, em Maceió, contra a precariedade no ensino causada, principalmente, pela falta de servidores concursados. O curso de enfermagem, conforme soube a reportagem do Ojornalweb, só tem dois educadores no quadro de efetivos. Os outros foram contratados como prestadores de serviço. Por conta disso, alguns cursos estão com as atividades prejudicadas e podem até fechar no mês de janeiro, como é o caso dos tecnológicos em Radiologia e Sistemas Biomédicos.

 

Estudantes se uniram aos servidores para cobrar concurso público (Foto: cortesia/Marcos Ramalho)

 

Existe uma lei – inclusive nova – que proíbe o contrato de prestadores de serviços por fundações, fato que já ocorre durante anos na Uncisal. De forma precária, foram contratados 500 técnicos e 170 professores como resultado de uma parceria. No entanto, este procedimento está proibido.

Segundo os alunos, a angústia é grande por saber que profissionais da área de Medicina e de Enfermagem que poderiam integrar o quadro de servidores não podem ser submetidos a concurso público por conta de empecilhos divulgados pelo governo do Estado.

Um deles, conforme os estudantes e a própria reitora da Uncisal, Rosangela Wyszomirska, é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A alegação do Estado é que não se tem a menor possibilidade de realizar o certame justamente por conta dos limites impostos pela legislação.

A falta de profissionais atinge todas as instituições de ensino ligadas à universidade – Maternidade Escola Santa Mônica, Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, Hospital Portugal Ramalho, no Serviço de Verificação de óbito (SVO) e nos laboratórios.

No protesto, os manifestantes exibem os livros que estudam diariamente, contrataram um carro de som para chamar a atenção da sociedade e exibem faixas onde cobram melhorias para o ensino.

“A Uncisal é mais uma vítima do descaso do governo com a Saúde e Educação. Precariza o público dando a falsa impressão que o privado é melhor. Um exemplo disso são as O.Ss [Organizações Sociais de Saúde] e a ideia de criar uma faculdade particular de Medicina no Estado”, opinou o estudante de Medicina, Marcos Ramalho.

Disponível em: https://www.ojornalweb.com/2011/11/30/servidores-e-estudantes-cobram-concurso-publico-para-a-uncisal/

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