A morte: a eternização

29/10/2011 18:00


O que será da Apple sem Jobs

O que será da Apple sem Jobs? Será que ainda veremos outros gênios como ele?  Perguntas como essas surgem de todos os cantos do mundo. Parece um pouco dramático, porém estamos tratando de uma das mentes mais brilhantes, se não a mais brilhante da atualidade. Jobs era uma personagem ímpar, tanto no meio corporativo quanto no ramo da tecnologia, sabia quem era seu cliente. Sabia das necessidades dele, tinha orgulho de apresentar suas invenções e mostrar como elas iriam mudar o mundo. Um dos maiores legados de Jobs foi fazer com que as pessoas se apaixonassem por computação. Ele sabia que o que as pessoas procuram na tecnologia e a solução rápida e prática de seus problemas. Mas como tudo começou?

Steve Paul Jobs nasceu em San Francisco, Califórnia, no dia 24 de fevereiro de 1955. Seus pais biológicos não tinham condições financeiras de garantir-lhe um futuro, então o entregaram para adoção. Seus pais adotivos lhe deram na juventude a oportunidade de estudar numa das melhores e mais caras faculdades dos Estados Unidos.

Mas Steve Jobs largou a faculdade no primeiro semestre, já que os custos eram altos e ele não estava fazendo o que realmente gostaria. Algo que lhe chamou a atenção foi a caligrafia usada nos cartazes espelhados pela faculdade. Ele começou então a freqüentar as aulas de caligrafia, as quais tiveram grande influência no seu brilhante futuro, como inventor revolucionário.

Então Jobs deu início a Apple, uma empresa que começou numa pequena garagem que levada pela conduta ousada e revolucionária de Jobs é hoje a empresa mais valiosa do mundo e atingirá o valor de 1 trilhão de dólares nos próximos meses.

Com os conhecimentos em computação e os adquiridos no curso de caligrafia Jobs projetou o Macintosh, foi desse computador que saiu o principio básico do design que temos hoje, inclusive a ideia do mouse que era totalmente fora dos pensamentos daquela época, pois tudo era comandado pelo teclado. O Mac, como era chamado o Macintosh, foi primeiro computador que pessoas que não fossem programadores conseguiam manipular. E a caligrafia, onde fica? Aquelas aulas de caligrafia foram essenciais para que hoje nós pudéssemos ter várias fontes em nossos computadores.

Daí em diante a empresa deu um salto financeiro, estrutural e transformasse então em uma corporação, em que seu criador e peça fundamental não podia tomar decisões sozinho. Em 1985 Jobs não teve mais o apoio do conselho e teve que sair da sua própria empresa (foi demitido).

Então Jobs se torna um desempregado com uma conta bancária de dar inveja, mas o que estava em jogo agora não era mais o dinheiro ou estar ou não empregado e sim dar volta por cima, já que sua saída aconteceu de forma pública e escandalosa. Foi quando Steve Jobs criou a NeXT e pouco depois comprou a Pixar. As duas empresas cresceram e esse crescimento chegou a ser maior que o da própria Apple no início dos anos 90, principalmente a Pixar, que lançava o primeiro filme infantil animado totalmente por computadores, Toy Story. Seria Jobs o Midas do século XXI?

Ao mesmo tempo em que as outras empresas criadas por Jobs cresciam a Apple estava a ponto de fechar as portas. Em 1996, 11 anos depois a Apple compra a NeTX e traz de volta Jobs, que ajuda a salvar a empresa da falência colocando no mercado o iMac e vendendo 40% das ações para Microsoft, ações estas que foram compradas mais tarde pela Apple.

Com a Apple firme novamente no mercado, Jobs lança em 2007 uma das suas principais criações nos últimos anos, o iPhone. E descobriu que estava doente.

O câncer agora de forma traiçoeira traiçoeira, silenciosa e fatal, como quase sempre é. E no dia 05 de outubro de 2011, o mundo recebeu a notícia que deixou a todos estáticos diante da TV, computador, rádio ou outros meios que veiculassem a notícia da morte de Steve Paul Jobs, aos 56 anos. Como ele mesmo dizia “Se você viver cada dia como se fosse o último, algum dia provavelmente estará certo.” e naquela quarta-feira ele acertou.

O visionário implacável, tido por muitos, como homem da tecnologia e da arte, chegou a ser questionado por não ter formação acadêmica em tecnologia por críticos. Todavia, mostrou que não é um ensino superior que torna um homem o chefe corporativo mais bem sucedido dos EUA, mas sim o amor e a dedicação pelo que faz. Nos corredores da Apple era um chefe rígido, que amava o que fazia e fazia o que amava. Suas grandes apresentações, seu estilo simples - a camisa de gola alta e preta e uma calça jeans e seu perfeccionismo mostravam um pouco de quem era esse homem que teve coragem, de no meio do caminho, começar tudo novamente e novamente ser bem sucedido. Como ele mesmo disse: “Você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você os conecta olhando para trás”.

O câncer não significou a morte de Jobs, mas sim a eternizarão de seu nome na listas dos grandes inventores e gênios de nossa história.  

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